A banda é uma das caçulas da cena curitibana mas não parece. O frenesi que a The Shorts está causando com seus shows barulhentos e o EP Serendipity – lançado há pouco – está deixando os integrantes felizes (óbvio) e também espantados.

Segue ume pequena entrevista que fizemos com a Natasha Durski, vocalista. Saiba um pouco mais sobre a formação e planos da The Shorts.

 

Como a The Shorts surgiu? De onde surgiu a idéia?
A The Shorts surgiu quando a Andreza fazia umas jams sessions com amigos e eu (Natasha) acompanhava. Nessa brincadeira, ela descobriu que eu cantava e falou que a gente tinha que aproveitar esse potencial pra criar músicas. Eu já tinha algumas coisas escritas, então começamos a improvisar com outros amigos e criar as melodias. Daí em diante a coisa foi ficando mais séria.

Como foi o processo de formação da banda? Conversas, convites aos integrantes e essas coisas que sempre dão trabalho no começo?
Como eu disse anteriormente, a gente já tocava o que viria a serem músicas da The Shorts em jams com amigos. As pessoas que ouviam se interessavam em participar. Em um dos ensaios pra um revival da Gianninis, a Babi ouviu minhas músicas e quis tocar bateria com a gente. Tendo nós três, partimos à procura de guitarrista. Um dia, na frente do 92 Graus encontramos a Taís e perguntamos na cara dura: você manja de tocar guitarra? Quer entrar numa banda que estamos formando?? Ela aceitou e começamos a ensaiar. Depois dos primeiros shows, percebemos que, pra fazer o som que a gente estava almejando, precisaríamos dar uma encorpada maior no som. Foi aí que chamamos o Daniel pra entrar com mais uma guitarra. Ele já tinha visto os nossos shows anteriores e curtido muito, então foi relativamente fácil juntar a gangue.

Fale sobre as referências da The Shorts e das diferenças entre as preferências musicais dos integrantes.
A gente tem muitas referências diferentes. No nosso release damos meio que uma resumida no que mais toca a gente nesse projeto específico, mas pra mim, pessoalmente, tudo que eu ouço, principalmente dos anos 60 até o que foi lançado esse mês, vira algum tipo de inspiração e referência. Nossas principais referências são o rock alternativo e suas variadas vertentes, misturando isso com noise, shoegaze, guitar, pós punk e experimentações musicais. A gente tem um grupo só da banda no facebook onde trocamos referências e coisas que estamos escutando, e normalmente os estilos são bem divergentes. O legal é que todo mundo na banda tem a cabeça muito aberta a tudo e estão sempre dispostos a ouvir algo novo ou entender a referência do outro. No geral as diferenças musicais entre nós nos une, porque cada coisa complementa o nosso som.

Como se deu o processo de criação e composição do EP?
Foi um processo meio corrido, porque queríamos tocar, mas não tínhamos material pra mostrar pras pessoas. Quem conhecia o som da banda era quem ia nos nossos shows. A gente pegou as músicas que estavam mais redondinhas e quem tinha mais coesão entre si e gravamos. No The Shorts a gente cria muito junto. Todas as letras são minhas e normalmente a Deza é a pessoa que determina a métrica das músicas, mas todo mundo interfere e coloca um pouquinho de si. As músicas do EP eram músicas que eu e Andreza já vínhamos executando há algum tempo, passamos pra banda e os outros membros incorporaram seus elementos e instrumentos.

Pra finalizar fale um pouco sobre como o público está recebendo o trabalho da banda (inclusive as performances ao vivo) e o que esperam a partir de agora.
No geral, a recepção está sendo muito boa, até maior do que esperávamos nesse primeiro momento. Sempre vem muita gente falar conosco e elogiar as performances, falar da qualidade sonora da banda e coisas do gênero. A gente está muito feliz com tudo que já está acontecendo. A gente espera que mais e mais pessoas venham aos shows e apreciem o trabalho. Todos nós temos o objetivo de tornar a música nosso principal trabalho, e estamos lutando pra conseguir alcançar isso. A gente espera conseguir viajar mais agora que o EP saiu, pra mostrar nosso som pra públicos de diferentes cidades.

 

Você pode ouvir o Ep completo no SoundCloud.